descubra quais são os restritos

A Black Friday é um fenômeno comercial que, a cada ano, ganha mais força Brasil afora. Com sua origem nos Estados Unidos, essa data se tornou um evento emblemático de ofertas incríveis, atraindo consumidores em busca de descontos e facilitando a aquisição de produtos que muitas vezes estão fora do orçamento durante o resto do ano. O sentimento de ansiedade e expectativa é palpável, com as pessoas se preparando para aproveitar ao máximo as oportunidades: seja para trocar aquele eletrônico antigo, adquirir roupas novas ou mesmo para antecipar as compras de Natal.

No entanto, é crucial entender que, apesar da grande variedade de produtos e serviços que aparecem nesse período de promoções exuberantes, nem tudo pode ou deverá ser colocado em oferta. Nesse artigo, vamos abordar as limitações impostas por legislações específicas e categorias de produtos que, por diversas razões, não podem participar das promoções do Black Friday. É fundamental que tanto consumidores quanto empreendedores estejam bem informados sobre essas questões para garantir compras seguras e éticas durante esse evento.

Nem todo produto pode entrar na promoção de Black Friday: veja quais

Quando se fala em Black Friday, logo imaginamos uma infinidade de produtos com descontos. No entanto, é essencial lembrar que certos itens e serviços estão sujeitos a restrições que visam proteger o consumidor e assegurar a qualidade. Compreender quais produtos podem ou não integrar as promoções é chave para evitar frustrações e potenciais problemas legais.

Produtos e serviços que não entram na Black Friday

A legislação brasileira e regulamentações específicas de determinadas categorias estabelecem barreiras que afetam a aplicabilidade de descontos em produtos e serviços. O Código de Defesa do Consumidor não proíbe promoções, mas setores regulamentados têm suas normas que precisam ser observadas.

Serviços prestados por profissões regulamentadas

Quando falamos de profissões como medicina, direito, psicologia e arquitetura, é preciso destacar que os conselhos de classe dessas áreas proíbem a mercantilização de seus serviços. Ou seja, nós não vemos médicos ou advogados oferecendo descontos como “50% em consultas” ou “Black Friday de processos”. Isso ocorre para manter o respeito pela ética profissional e garantir que a confiança e a técnica estejam sempre em primeiro lugar.

Esta restrição visa preservar a credibilidade profissional, evitando que a qualidade técnica do serviço se transforme em uma mera commodity. Profissionais que desrespeitam essa normativa podem acabar enfrentando advertências e até sanções mais severas, o que revela a seriedade com que essas restrições devem ser tratadas.

Em vez de adotar estratégias promocionais tradicionais, é mais aconselhável que esses profissionais foquem na qualidade do atendimento e na construção de um relacionamento sólido com os clientes. Essas características são essenciais para garantir que o serviço prestado seja sempre de excelência, independentemente de promoções.

Medicamentos de tarja preta ou vermelha

Outro ponto crítico que vale a pena destacar é o setor farmacêutico, onde medicamentos que exigem prescrição médica são vetados de promoções durante a Black Friday. A Anvisa proíbe qualquer tipo de publicidade direcionada a esses produtos, atribuindo a responsabilidade de controlá-los para evitar que sejam usados de forma inadequada. Essa regra é uma das formas de proteger os consumidores e garantir que questões de saúde não sejam tratadas de modo superficial.

É importante ressaltar que os medicamentos de tarja vermelha e preta englobam substâncias que podem trazer riscos reais quando não são utilizadas sob orientação médica. Portanto, mesmo que algumas farmácias queiram participar do Black Friday, elas precisam ficar atentas e evitar qualquer promoção irregular que possa infringir as normas.

Conteúdos digitais

No universo digital, a situação não é muito diferente. Produtos como cursos online e aplicativos são frequentemente promovidos. Contudo, é necessário que esses anúncios não apresentem promessas exageradas, como “ganhe dinheiro rápido” ou “transforme sua vida em 30 dias”, pois tais declarações podem ser vistas como publicidade enganosa. A prática pode resultar não apenas em descontentamento do consumidor, mas também em punições para as empresas.

O setor digital deve estar ciente de que a promoção de produtos virtuais precisa respeitar tanto o Código de Defesa do Consumidor quanto as diretrizes do Conar, que regula a publicidade no Brasil. Empresas que não seguirem essas orientações podem se ver envolvidas em ações legais e sanções severas.

Bebidas alcoólicas e cigarros

As bebidas alcoólicas e cigarros também geram controvérsias em relação à publicidade e promoções. Em conformidade com a Lei nº 9.294/1996, a publicidade de cigarros é completamente proibida, exceto quando acompanhada de advertências sobre os malefícios à saúde. Este é um aspecto que se torna ainda mais relevante durante o Black Friday, onde muitos estabelecimentos tentam incentivar as vendas.

Bebidas alcoólicas com teor acima de 13%, por sua vez, só podem ser promovidas em horários específicos, e devem respeitar restrições que evitam sua associação a práticas irresponsáveis, como atividades esportivas ou situações que envolvam menores de idade.

Produtos defeituosos

Produtos com pequenos defeitos ou que são de mostruário também se encaixam nas limitações das promoções de Black Friday. Embora seja possível oferecê-los com desconto, os vendedores são obrigados a informar claramente sobre a condição do item. A omissão dessa informação é um atentado ao Código de Defesa do Consumidor, podendo gerar sérias consequências.

A transparência é fundamental para que os consumidores não se sintam enganados e tenham certeza do que estão adquirindo. Dessa forma, tanto empreendedores quanto consumidores devem estar atentos às informações e garantias que permeiam a compra.

Perguntas frequentes

Por que alguns produtos não podem ter desconto na Black Friday?
Determinações legais e normas de conselhos de classe proíbem a promoção e descontos em determinados serviços e produtos, especialmente em áreas como saúde e direito, visando proteger a ética do profissional e assegurar a qualidade do serviço.

Posso confiar nas promoções da Black Friday?
Sim, mas é importante que você faça pesquisas e verifique a reputação da loja antes de realizar a compra. Além disso, analise as condições dos produtos e serviços oferecidos.

Como sei se um medicamento está dentro da lei para ser promovido?
Os medicamentos que exigem prescrição e são considerados de tarja preta ou vermelha não podem ser vendidos com desconto. Apenas aqueles que não têm restrições legais podem participar das promoções.

Se um produto é defeituoso, posso comprá-lo com desconto?
Sim, mas a loja deve informar claramente sobre as condições do produto, incluindo qualquer defeito, e isso deve constar na nota fiscal.

Como posso me proteger de fraudes durante a Black Friday?
Pesquise as lojas e confie em sites oficiais. Utilize cartões de crédito com proteção a compras e recuse ofertas que pareçam boas demais para serem verdade.

É ético um profissional da saúde fazer promoções?
Não, os conselhos de classe proíbem a mercantilização do serviço, visando preservar a credibilidade da profissão e evitar que os serviços sejam tratados como produtos simples.

Conclusão

A Black Friday é uma ótima oportunidade para consumidores e empreendedores, mas seu sucesso depende do entendimento das regras e regulamentações que a cercam. Conhecer os produtos e serviços que não podem participar das promoções é fundamental tanto para proteger os consumidores quanto para garantir que as práticas do comércio sejam éticas e transparentes.

Permanecer informado é a melhor forma de aproveitar ao máximo essa data tão esperada, garantindo que cada compra seja feita em condições justas e em conformidade com as normas vigentes. Aproveite a Black Friday, mas sempre com prudência e sabedoria!